domingo, 23 de junho de 2013

Jujuba em meus ombros


Jana, minha Linda, meu amor,

Jujuba em meus ombros,

Você comigo mão com mão,

Nada disto é por certo sonho,

Vi o que vi em meu coração.

Em torno de nós a densa natureza urbana,

A noite fria e o céu, todo céu, cinzento,

E em meu ombro aquela querida presença humana,

E em minhas mãos os teus dedos de doce intento.

E, no que reina de suave e sereno silêncio,

Reina a verdade de uma voz tão menina

A me dizer o motivo a que veio -

Ser de minha vida mais que sina,

Ser para o seu pai inequívoco enlevo,

Que ensina mais do que qualquer ensinamento.

E na mão qual miolo quente de pão a tua mão

Tão plena de minha mão - quando nada é em vão.

E nos olhos de cada uma faiscante candura

Que dura para todo o sempre - que dura...

E eu tão pobre de tudo - menos da nobreza de vossos sorrisos.

E eu que tão pouco sei do mundo - mas algo sei do paraíso.

Paraíso para mim é exatamente isto:

Um pouco de ti, um pouco de Jujuba, eis o que preciso.

Beijos apaixonados,


De seu galeguinho.

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