Jana, minha Linda, meu amor,
Jujuba
em meus ombros,
Você
comigo mão com mão,
Nada
disto é por certo sonho,
Vi
o que vi em meu coração.
Em
torno de nós a densa natureza urbana,
A
noite fria e o céu, todo céu, cinzento,
E
em meu ombro aquela querida presença humana,
E
em minhas mãos os teus dedos de doce intento.
E, no que reina de suave e sereno silêncio,
Reina a verdade de uma voz tão menina
A
me dizer o motivo a que veio -
Ser
de minha vida mais que sina,
Ser
para o seu pai inequívoco enlevo,
Que
ensina mais do que qualquer ensinamento.
E
na mão qual miolo quente de pão a tua mão
Tão
plena de minha mão - quando nada é em vão.
E
nos olhos de cada uma faiscante candura
Que
dura para todo o sempre - que dura...
E
eu tão pobre de tudo - menos da nobreza de vossos sorrisos.
E
eu que tão pouco sei do mundo - mas algo sei do paraíso.
Paraíso
para mim é exatamente isto:
Um
pouco de ti, um pouco de Jujuba, eis o que preciso.
Beijos
apaixonados,
De
seu galeguinho.
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