quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ar puro adentro da Catedral da Sé

Ser para além de mim, eis o que sinto ao percorrer a nave da Catedral da Sé. Eis o que se apodera de meu mínimo ser ante a verdade de apreensão de tua rica luminosidade, quando atmosfera de fé e altura são pura comunhão, prestes a absorver sempre mais o lirismo do céu. Bem sei que sou pequeno para o que se faz grande na alma. Bem sei que sou pouco de pálpebras para o que há de tamanha paz latente. E o que há de mãos unidas em prece jamais arrefece, uma vez que tudo me torna mais perene de vida.

E quanto mais incerto o mundo lá fora, mais posso aqui permanecer em paz e sereno. Com a alegria de ser vida em Deus e por Deus, para além de qualquer vicissitude. E assim perceber que a minha maneira de orar é sem dúvida olhar para a doçura da cúpula. E me fazer, por sinal, de pé e com fé para cada passo do porvir. Ciente de que a luz que me toca perdura de ternura em mim, pois sou parte finita do que há de infinito em tua casa, oh Deus. E sei o quanto de asas e beatitude vem e me acolhe a face. Para que por fim haja louvor no simples fato de pisar no enlevo de tuas pedras plenas de jubilo. Pertencente que sou à dignidade de cada templo que se renova em Ti.

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