sábado, 6 de julho de 2013

Retweets de meus tweets




Velocidade nas nossas vidas é muito comum. Mas não comunga comigo. Bem que eu poderia ser capaz de ligar o pisca alerta ante o pôr-do-sol...


Como a arte se pôs ante a modernidade? Como forjou ser voz que na tela se plasma? Embora haja, na vertigem, asma, a arte combate fantasmas.



Há manhã lá fora. Ninguém pode me negá-la. Entra por debaixo da porta. Pelas frestas da janela. De tal modo que só sobraste o olor da vela.


Hei de ser por quanto tempo mundo? Perguntar é um absurdo? Que eu ao menos seja mundo desde que haja em mim por toda a vida o fundo de tudo.



Não sei ser de outro modo. Procuro ser sempre com nenhum denodo. Prudência é o meu método. Nem sei o que é ser réprobo. Lego probabilidades.


Ninguém é melhor do que ninguém. Toda vez que acredito ser melhor que alguém envelheço. A fonte da juventude é a humildade. E nada a mais...



Escrevo a procura de mim ou a procura do outro? Um tanto lúcido e louco ambos procuro. Saio sempre no escuro, e de soslaio algo encontro.



Paciência não é somente permanecer ausente e presente num dado lugar. É por vezes despermanecer do que já se é - para ser com e por outro...



Com amor, vero amor, me doo. Na alegria ou na dor, me doo. Quero ser para a ferida asa ninho - depois ou não do pouso. Pausa sim para a asa.



Por toda a vida o meu pensamento é companhia. Nem sempre boa companhia. Ainda assim minha. Ainda assim não definha. Quando quiça cristalina.



Presente. Minha aurora e meu pôr-do-sol. Depois disto, posso até ser noturno estelar, posso até ser luar. Porém, presente do presente serei.



Medo, não. Nem desconfiança. Apenas senso de observação. E em alguns momentos clarividência. Eis o que sou: modo de ser com o olhar frescor.



Descubro na experiência de ser eu um jogo de espelhos com o outro, que se embaça e desembaça de acordo com os acasos e desacasos do destino.


Poesia é jamais agreste. Acho assim em meu norte, sul, leste, oeste, frescor de açude. E amiúde me mostra na finitude o que há de infinitude.


Poesia alarga a alma. Paga o que devo com ternura. Propaga olor e ventura. Solapa a desventura. E encaçapa com determinação um pensamento...


Palavra, uma virtude embora tudo seja finitude. Algo que me consome: mal sei de meu nome. E quiça me atiça, como no mar, o apelo da brisa...


O que é o poema? Nele se diz coisas amenas? Ou vai no x de um problema? O que é o poema? Simples soma de fonemas? Ou algum jamais anátema?


No próximo passo, serei eu. Enquanto neste atual passo, sou o outro. No próximo passo serei o outro. Enquanto neste atual passo, sou eu.



Futuro, palavra que se alonga. Alguém pega no escuro a sua onda? Prefiro o presente. Quando na aurora do dia chega a ser onda que me sonda.



Escrevo, pois bem, escrevo. Ser a escrita sem sê-la não poderia. A minha alegria é esculpir o gelo. A minha alegria é desenroscar o novelo.


Escrevo com um intuito: ser desprovido de curto-circuito. Que por vezes me furta muito. Sem duro surto, pois cuido de ser forte ante a sina.


Sorvo o porvir: porto que gosta de ser onda. Sorvo o porvir: atento ou absorto qual sonda. Sorvo o porvir: no relento, no sol, de monta.


Será que posso ser poeta pela metade? Uma vez que sempre estou entre a memória e a saudade? Acaso sou capaz de ser frio no ardor desta arte?



Que sei eu de mim? Jasmim se faz jasmim sem mim? Jasmim jamais deixa de ser jasmim por mim? Jasmim num zás traz nas narinas jasmim? Jasmim.


Liberdade é música. Hei de procurar a justa afinação. A pungente cadência. A inevitável melodia. Para que cada nota faça sentido no destino.


Liberdade é descoberta. Não se faz de imediato: e sim no modo de se dar o laço. Liberdade nem sempre acerta: é necessário alma em cada ato.


Que conselho devo à mim mesmo? Ser livre, mas não sempre pleno? Ser livre, embora de algum modo ao destino preso? Ser livre, sem muito peso?




A vida, tão-somente a vida, sempre como quis - de algum modo inaudita e feliz. Que a liberdade jamais esteja por um triz. Por ser liberdade.


Sono é um mapa que se solapa de acordo com o sono. E que dele sobra apenas sobras que mal dão uma obra. Prefiro então a imperfeita realidade.



Para quem não conhece o contexto jamais percebe o quão complexo é tudo. E assim tira de um esquivo trecho uma má interpretação e desfecho...



Solicitude é, na humana finitude, alguma infinitude. De onde emana uma alma irmanada a outra alma. Que não se fana em ser alma noutra alma.



Paz. Capaz de tudo. Pelo fato de ser paz. Um mundo inteiro ao seu favor. Um mundo pleno de olor. Paz: mínima palavra. Eis uma grata estrada.



Paz é um anseio válido. Mesmo pálido é válido. E há de ser em algum momento cálido. Basta ter calma. Pois a alma é alma nas palmas da calma.



Solicitude parte da pessoa, do que ressoa nesta mesma pessoa, do que se afeiçoa com determinado fato, pois solicitude é em cada ato um laço.



O que é a vida? Pergunta desprovida de fundo. De fundo palpável, eu diria. De fundo com bases sólidas, eu diria. E bem, bem, bem, insólitas.


Resta na vida um vir a ser entre mim e ti. Que jamais mitiga o que há de amiga vida com outra vida. A vida que sou na vida densa que tu és.


Absorto, por um momento, e assim encontro um porto. Um porto ao qual sempre me reporto. Um porto para onde por toda a vida me transporto.



Porto é porta sempre aberta. Ao menos esta da mente é sim, pois nela há toda a descoberta. Que o coração expande ou aperta - jamais com fim.


Navego desprovido de ego. Apenas navego. Ergo os olhos ante o mar - e navego. De algum modo pleno. Sim, navego. A despeito dos olhos vesgos.



Para ser feliz algo da memória não deve estar por um triz. Deve ainda dela sair faísca. Que nada possui de arisca. Faísca que fisga. E dura.




Ser ao longo do sol já é uma maneira de ser, ante o dia, duradoura melodia. Que doura a pele de ternura. Que mesmo louca, já não mais pouca.



Atento. Pois o vento não é rápido nem lento. Já que na pele vem sob medida de meu contentamento. E mesmo no inverno, nada é muito incerto...



Que faço senão ser palavra? De amor, justamente, de amor. Que mais poderia ser senão palavra de amor? Mesmo na dor, com ânsia de amor. Amor.


Vago no plano do impalpável. Vago. Não sou nenhum mago. Apenas humano. E por isso vago. E, no que vago, divago. É o que posso fazer de fato.


Num minuto se faz e desfaz o mundo. Num simples minuto. Tal é a possibilidade de curto-circuito. Num fatídico minuto. Quer se queira ou não.



Música. Pois é: não só música. Mais que isto é um dom: que faz do ser um invisível sorriso. E mais: faz de cada som uma sombra de arvoredo.



Silêncio é silêncio, tanto para o mal quanto para o bem. Para aquele que bem o percebe, de tudo vai além. No caso contrário, tudo fica aquém.



Assim como há tons de voz, também há tons de silêncio. E cada tom e subtom de silêncio pode ser de bom tom ou não. E para um ou outro tende?



Dura é a vida. Mesmo assim, para o bem ou para o mal em mim perdura. Quem a depura senão o destino? Que em meu desatino tem chance de cura?



Fotografia outorga à vida um fascínio que a tira de qualquer monotonia. Tudo o que há de duradouro cabe na pausa de sua arte. Para sempre...



Atento. Bem atento. Pois no mundo o que há de denso de algum modo para o meu bem aproveito. Tudo o que vai ao redor está dentro. Bem atento.



Melhor estar atento. No sol ou no relento. Assim me reinvento. Por maior que seja o perigo, espero ao menos manter sob controle o vero medo.



É verdade. Que sei eu de mim? Sei apenas de mim que o luar raia, e que as narinas querem jasmim. Sei só que o meu coração é assim: carmim...



Quisera eu ser música. Eu que só sei ser palavra. Pois estrada sei ser, mas onde nela e na alma a túnica? E assim jamais de puída cor prata?


Errante ou torto, procuro um porto. Nem sei se ao certo há conforto. De qualquer modo, qual louco, me comporto. Do mar a tempestade suporto.



Conto com o pontos que recebi ao longo da pele. Sem eles, o que saberia da vida? Que para ser pele há o desfecho da ferida? Isto é, cicatriz.



Entre o silêncio e a música, não dá para escolher uma única. Há horas em que só uma delas algo suscita. Outras em que só uma ou outra é sina.


Prezo pelo bonito gesto. Certo de que sem tal manifestação jamais haverá festa aos sentidos. Pois só o que me resta é ser duradouro destino.



Música: repentina, muito mais música. Música: aguardada, também sem dúvida música. Silêncio, por ser silêncio, nem um nem outro, e sim ambos.


Brisa, para todo o sempre brisa. Na pele e nas pálpebras - brisa. Molde para as ondas, brisa. E onde mais houver alegria, brisa. Sim. Brisa.



Somente com o céu me refaço. Através de estreito laço. No mínimo das coisas, o máximo - sem estardalhaço. Sou meio triste e meio palhaço.



Não o vejo. E aqui, está. Pelas frestas, está. Pelo incorrigível ardor, está. Para ser para além do vidro, será. O que me resta é a sua luz.



Elejo um dia. Elejo uma hora. E do dia e da hora só lembro da melodia de outrora. Enquanto posso ser no tempo profundo tempo. Duradouramente.


Na vida há algo de remoto. Cujo sentido é ser para a memória porto. E que de algum modo seja motor para o corpo. No que topo me transporto.



Lágrima, pois a ternura é grande. A cada doce ou amargo instante. Nem sei mais de meus mirantes. Bem como antes. Tão de mim estou distante.


Concentração pode ser côncava ou convexa, pode ser simples ou complexa, pode ser parcial ou plena, pode ser lua nova ou cheia, mas que seja.


Concentração é tração nas quatro rodas para suportar a rota, o barranco, o solavanco, o leve ou brusco tranco, na nunca pretensa tensa hora.


Mar. Meu mar. Atlântico, pacífico ou ártico. Jamais extático. E sempre à procura de um pórtico. Nem sempre quanto às correntezas bem lógico.



Hora de ser agora. Bem sei de outrora. Mas me basta o agora. Bem sei o quanto o futuro limita as horas. Saiba eu das horas só o serem horas.



Caos vem sem pausa, e mesmo que eu tente um basta na desordem, a alma jamais possui calma, nem sei quantas laudas existem dos meus pecados.


Lento. Bem lento. No ato de ser pensamento. Lento, mas não ao relento. Com os olhos jamais remelentos. Apenas lento. E com algum intento.


Sou vento. Para qual momento? Não sei. Um tanto sim de brisa, um tanto gélido. Nunca sei bem qual. Deverás vento, que venta, enquanto pensa.



Sou todos os elementos da vida, com alguma pausa, com algum movimento, enquanto o vento, ora frio, ora frescor de brisa, vem e me desalucina.


Ante a alegria, meu eu é brisa. Ante a tristeza, meu eu procura alguma beleza. Ante o destino, meu eu possui algo de súbito. Ante é mirante.


Escrevo não sei o porquê nem até quando, para o acalanto ou não, que ocorre a todo o momento sem senão, caso contrário o que seria de mim?


Na vida, vou ao encontro da vida, por mais que nem sempre seja lúdica, ainda assim vida, que me possibilita um retorno à alegria na surdina.


Ter um foco, apesar do louco mundo. Ter um foco, a despeito do pouco fundo de tudo. Ter um foco, embora por vezes haja um oco quiça rotundo.


Reconheço sim quando o sorriso é sorriso, ou mera capa que algo esconde. Onde mais senão no sorriso para encontrar ou não o paraíso perdido?


Seja quem for que esteja debaixo de seu guarda-chuva não está livre dos acasos ao longo da rua. Portões, arbustos e chão úmido, tudo avulta.



Compor com o porto um cenário para o pôr-do-sol. Nuance a nuance de cor, não num mero relance, mas pleno do esplendor de um duradouro olhar.



Eis-me pronto para compor, com todo o ardor, pois nos tombos que o passo traz, sei o quanto sou capaz de um combo, de um assomo de memórias.



Componho em sonho, justamente quando lúcido sonho. Proponho assim a mim mesmo um passo já não mais a esmo, pois me esmero em ser palavra.



Em toda a vida, hora a hora, dia a dia, descubro alguma melodia no ato de existir, grato que sou em haver para cada dia e cada hora aurora.



O que preciso, a meu ver, é não me ater muito ao ciso que nasce na boca da alma, pois de calma em calma estou sempre a ponto de ser sorriso.



Na vida, sim, nesta vida, nesta longa ou curta vida, nesta densa vida (a despeito do tédio), nesta vida adentro que em pensamento se forja.



Quem antes pondera sobre tudo o que faz não está livre do dilema entre a guerra e a paz que lhe povoa a alma, cujo estorvo é de fato comum.


O poeta, sempre alerta, sempre atrás de nova descoberta, e sempre pleno do amor que tanto flerta, sabe o quanto de verdade há nas palavras.



Leitura necessita de lisuras, uma vez que ao longo de tal ato é possível extirpar as fissuras da alma com todo o tato e sabedoria de médico.



Na verdade qualquer coisa que lhe deixa cabreiro surge por não entender por inteiro que a vida é mais nas entrelinhas do que no letreiro.



Um mero detalhe pode a vir a ser o caos quando no veio do mármore, num simples entalhe, tudo quebra. E olha que eu sei quando regra é regra.



Nenhum caos, nem mesmo aquele que se conjuga o fora e o dentro, permanece por muito tempo no centro de tudo. Há muitos mundos em meu mundo.



Por mais que se escreva com todo o cuidado, para quem lê pode haver um curto-circuito, uma vez que se enxerga apenas a parte pelo todo.



Futuro é a alegria que se faz imagem. Passado é o presente que se faz memória. Presente é, entre o futuro e o passado, a fé de ser presente.


Melhor ainda do que a vida é justamente aquela vida que jamais se priva de sonhar, mesmo quando tudo no mundo vai na contramão deste fato...


Detenho na memória o desenho de meu amor. Feito, com ardor, pelo sabor das horas, cujo efeito em meu ser é que seja de algum modo perfeito.



Refaço meu passo, agora e sempre, mas nem sempre no mesmo compasso. Sei o quanto enlaço em meu passo apenas no fato de ser por bem passo.


Nos perigos do mundo intrigo-me sim em qual a melhor maneira de ser eu, feito abismo à beira de si próprio que, enquanto cai pedras, medita.



Mais um dia infunde melodia ao dia. Mais um dia assume na surdina alegria ao dia. Mais um dia alumia de verdade a verdade de meu terno dia.



Amor é tortura sem sequer um momento de teu amor, pois o nosso mútuo amor requer a fortuna de ser amor a cada instante, a toda a eleita hora.



A voz de meu amor jamais me deixa a sós. Há nela uma porção de sóis, e uma larga foz, cuja alegria das águas em tudo me possibilita de paz.



Liberdade ilimitada não há. Mas para todo aquele que é mar, prevalece, mesmo na encosta, o rugido da onda cujo sentido ninguém contra possa.



Presto atenção a tudo, pois meu mundo, pleno de desafios e percalços, rende ao mesmo tempo laço com as coisas, numa alegria que não desfaço.



Discernimento não é apenas um estado de espírito. É comunhão de estados de espírito que, à medida que surgem, revelam a alma como um todo...



Reina na alma a paz que se basta por ser em tudo capaz de pôr calma, ao menos de dentro para fora, embora haja um ao redor não tão ao redor.



Coragem pede palavra, pede vírgula, pede não ter gula por ponto, pede em suma ponderação quando se usa adjetivo, pede que se seja humano.



Quando não se acha o que tanto se procura, qualquer duração se assemelha a não mera eternidade, qualquer alvura da consciência se mancha.



Louco de ternura, e pronto para rasgar a camisa de força com as unhas plenas de jasmim, volto a ser por mim o que por mim volto a ser em mim.



Luz, sim, ao longo da melodia cada vez mais luz, que dura em meu mundo com ardorosa ternura, a tal ponto que na pele me alegra de verdade...



Música, não aqui aonde tenho ouvidos, mas em toda parte onde teus passos são a arte do infinito, ao qual presumo um rumo que venha comigo...


Sonho, e de sonhar sonho quando nem dou por isso. Quem me revela tal fato é meu sorriso, sempre a receber vento de algum singelo paraíso.


Sonho, e com ele meu próprio porto encontro. Não sem olhar para o entorno, mar cujas ondas hão de mostrar de onde surge o oportuno vento.



Amizade é um bem que vai para além do bem, pois sabe o quanto a vida fica sempre aquém, o que demanda no convívio afável um comungante amém.



Palavra: de acordo com o seu acorde, pode pôr cor em meu norte, de acordo com a possibilidade de porto, comporta todo um mundo de verdades.



Amizade é bondade, longa e ondante, sondagem de corrente tropical, vontade de cardumes ao longo do mar - sem nenhum verdadeiro azedume.


Fui eleito para os beijos de meu amor, como se cada ensejo para tanto fosse verdadeiro acalanto para os lábios, tal qual comungante lírio...


Beijo é um feito que nenhum céu estrelado conhece direito, a não ser que tenha se esquecido o quão para tal ocorrência há novo brilho eleito.



Amar é no mar a norma atlântica de amar, sem nenhum alarmante momento que não se resolva em amor, enquanto no panorama mais uma vez se ama.


Meus dedos das mãos permanecem miúdos ante as teclas do computador, enquanto me faço mais uma vez mundo que nunca se computa de tanto ardor.


A vida, sim, a vida, que a linguagem do amor dita para que por bem haja amém, aqui e ali, jamais aquém do mundo que há para além sim de mim.


A vida, tão-somente a vida, para que haja dádiva bem-vinda em toda a parte, com alegria de brisa que se realiza com toda a arte na doce pele.



A vida é possibilidade, para além de qualquer bílis, uma vez que lirismo só se faz por meio de um verdadeiro embate no mundo feito com arte.


Saudade salda-me com o mundo: enquanto gira, deliro seu nome, enquanto gira, quero sempre o seu norte, enquanto gira, contigo me faço nobre.



Saudade apalpa o coração de secreto decreto: ser na solidão ternura sem nenhuma colisão com o silêncio, pois tudo por ventura se faz memória.


Na espera deve haver pura entrega senão não é espera, senão nada é senão véspera que não soube ser memória, nem mesmo glória dos sentidos...


Com a tua boca já não faço oca a minha vida, com a tua pele algo sempre me compele ao deleite, com teus olhos jamais serei um mero fóssil...



Cole Porter porta no fraque uma flor, que, se fenece, fenece com arte, a ponto de deixar no ar, na pele, um certo perfume por demais perene.



Paciência vem do tempo, vem enquanto tempo, vem a despeito do tempo, vem ao longo do tempo, vem para ser tempo de maior amor ao suave tempo.



Que haja no dia que se põe poema... Que haja na noite que se firma doce firmamento... Que haja na amizade que aqui fica alegria bem-vinda...


Escrever não me livra da responsabilidade de ser eu. No entanto mostra dentro da responsabilidade o que ainda possuo de inequívoca liberdade.


Paciência é uma virtude, cuja finitude jamais deve ocorrer, em cada sorte com renovado norte, que me faz bem mais forte e muito mais lúdico.


No amor sou benção, antes ou depois da arrebentação, seu mar é meu, assim como velejo em comunhão com Deus, na virtude de hoje e de antanho.


Amor, eis que se faz em mirante, adiante dele o mar, cuja brisa é o melhor dos meliantes, pois rouba meu rosto, enquanto me deixa a memória.


Pensamento se forja no vento, enquanto momento perdura, na ternura de cada elemento do coração e da alma, ao longo de uma pungente mistura.


Respeito quem quer ver do outro sempre um espelho de si próprio. Mas será que o espelho de si mesmo reflete sempre e sempre a si mesmo?


Quem vê de fora não vê o que vai dentro embora já tenha vivido dentro. Quem vê de dentro não vê o que vai fora embora já o tenha vivido sim.




No amor, há muito a ser dito, pois há muito de inaudito ainda por se dizer, uma vez que no dito há tanto destino que ao longo da vida atino.


Obs: Retweets e frases como favorito que amigos fizeram de meus tweets.

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