quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Para um noturno de Whistler





Hoje houve no ar noturno um prazer suave, 

Como se a Primavera fosse mais noturna que diurna... 

Com flores que não competem em cores, 

Mas sim em possibilidades de perfume... 

Mesmo o badalar dos sinos é aroma errante. 

E tudo parece advir de minha memória de ti. 

Pois estrela que é estrela já não brilha mas perfuma. 

Onda, quando se desfaz em onda, exala o cheiro da rainha do mar. 

A brisa, por sinal, concentra o olor de seu licor marítimo. 

E a cachoeira extravasa alguma sensação que jamais fica aquém das narinas.


Obs: Obra de Whistler.
Dedico à minha doce Jana.




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