Para um noturno de Whistler
Hoje houve no ar noturno um prazer suave,
Como se a Primavera fosse mais noturna que diurna...
Com flores que não competem em cores,
Mas sim em possibilidades de perfume...
Mesmo o badalar dos sinos é aroma errante.
E tudo parece advir de minha memória de ti.
Pois estrela que é estrela já não brilha mas perfuma.
Onda, quando se desfaz em onda, exala o cheiro da rainha do mar.
A brisa, por sinal, concentra o olor de seu licor marítimo.
E a cachoeira extravasa alguma sensação que jamais
fica aquém das narinas.
Obs: Obra de Whistler.
Dedico à minha doce Jana.
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