terça-feira, 10 de julho de 2012

Uma data que me faz acreditar na vida




Existem datas num namoro que jamais esquecemos.

A data em que pela primeira vez
Houve mútuo e doce encontro de olhares,
Em que não de outro modo pude conhecer
O lirismo de tua voz,
Em que sem dúvida pude vislumbrar,
Para a minha alegria,
O perfume de tua letra.

Ou senão
A data em que pela primeira vez
Descobri num beijo o poder do milagre,
A ponto de me mostrar
O motivo de haver verdade e paixão
Em tal gesto,
Já que às vezes em outros relacionamentos
Pode até ter havido paixão,
No entanto,
Será que houve verdade,
Será que houve profunda correspondência?
Milagre cuja capacidade de reinventar o amor
Rejuvenesce por toda vida a minha alma.
Milagre cuja simplicidade e humildade
Fecunda o mundo de ternura.

Datas que fundam
A pureza de algo sincero,
De algo que não se explica
Senão entre o olhar e o silêncio,
Entre o beijo e o sorriso,
Entre a humanidade da voz e o abraço.

Datas sem datas bem demarcadas
Em que pela primeira vez
Cantamos juntos “Boa noite, amor”,
Na interpretação de Márcia Lopes.

Datas distantes ou próximas
Em que fui e sou amado,
Em que tu foste e tu és amada,
Datas que não seriam possíveis
Sem esse dia,
Sem esse dia que tu nasceste
Para a vida,
Sem esse dia que enchestes
De ventura a vida de teus pais,
Sem esse dia que sempre passou a compartilhar
Mais para frente com teus irmãos,
Sem esse dia que deu graça e colorido
À vida de todas as crianças
Que sempre se aproximaram de ti...

Sem esse dia,
Não haveria Sol verdadeiro,
Nem maneira de nomear o luar.

Sem esse dia,
Não haveria motivo
Para o Inverno ser aconchego de lar,
Nem para a Primavera florir,
Nem para o Verão irradiar ardor,
Nem para o Outono serenar folhas secas ao longo do chão.

Sem esse dia,
Não saberia nada de fato sobre mim...


Obs: Obra de Volpi.

Dedico à minha doce Jana,

Por sua linda data de aniversário: 9 de julho.

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