sábado, 30 de junho de 2012

Aquele olhar teu





Aquele olhar teu
Que não pude ver
Enquanto dirigia,
Já que,
Em alguns momentos,
A atenção ao trânsito
Não me permitia –
Sim,
Aquele doce olhar
Todo voltado para mim
Tinha alguma duração
Que na verdade não possuia fim;
Respirava o que havia
Nele de puro jasmim.

Pintava o que decerto
Não pude ver
Senão na imaginação.

Tal como algo de praia
Em cujos pés eu sentia alegria,
Eis que vinha o mar com sua brisa,
Eis que vinha teu olhar
Com indissociável ternura.

Olhar que se soma ao encanto
Dos outros olhares teus
Que sempre vi com tanto encanto.

Olhar que por não ter visto,
Mas pressentido –
Amo...


Obs: Belo olhar de uma imagem de Matisse.

Dedico à minha doce Jana.

2 comentários:

  1. Querido Fábio,me senti sendo abraçado por uma sereia.Delicioso.Abração

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  2. Querido Sidney, mais uma vez fica a gratidão e alegria de tê-lo como amigo... Grande abraço, Fábio.

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