Em outras vidas,
Fui o vento;
As nuvens foram
Tua alma,
As nuvens foram
Teu corpo.
Em todos os tempos,
Algo de mim
Inaugurava a luz,
Desde que
Tivesse a ti
De superfície.
Em outras vidas,
Fui feliz jardineiro;
Cuidei, com amor,
De cada pétala
Inerente
Ao teu coração.
Em todos os lugares,
Sei que,
De algum modo,
Somos
O que há de pleno e
mútuo
No mundo.
Em outras vidas,
Fui aquele cometa
Que se transmudava
Em doce noite
De tua silenciosa
Cúpula noturna.
Em todos os mares
Do Sul,
Fui contigo,
De mergulho em mergulho,
A alegria pura
Dos golfinhos
enamorados.
Em outras vidas,
Fui fugazes cataratas
Que hoje são de tua
Duradoura
E profunda
Foz do Iguaçu.
Em todos os ares,
Fui sim a verdade
Do voo
Que se confunde
Com a verdade
De ti:
Meu horizonte.
Em outras vidas,
Fui a germinação
De teu nome
A me dizer
Porque tenho
Nome agora.
Obs: Obra de Gaguin.
Dedico à minha doce Jana.
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