quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quando o amor é amor



Quando o amor é amor,

Não vem sem algo de dor.

Mesmo aquele tão querido e distante olor,

Dói.

Ver, na foto, sempre aquela bela e doce cor 

Dos lábios - dói.

E se dói é porque é amor,

E se dói é porque não posso conter o ardor.

O que será então de meu sentimento 

Em tal pungente vórtice?

Será força amorosa,

Bem sei -

Já que reverbera em cada braçada.

Com suor, com água salgada,

Com sede e decerto mais nada,

Mais nada,

Senão a promessa de ti.

A promessa que jamais cessa de teu amor.

Regressante de brisa,

Alvissareiro de profunda alegria.

Doce meio que tenho de me manter por inteiro.



Obs: Obra de Paul Klee.

Dedico à minha doce Jana.

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