Quando o amor é amor,
Não vem sem algo de dor.
Mesmo aquele tão querido e distante olor,
Dói.
Ver, na foto, sempre aquela bela e doce cor
Dos lábios - dói.
E se dói é porque é amor,
E se dói é porque não posso conter o ardor.
O que será então de meu sentimento
Em tal pungente vórtice?
Será força amorosa,
Bem sei -
Já que reverbera em cada braçada.
Com suor, com água salgada,
Com sede e decerto mais nada,
Mais nada,
Senão a promessa de ti.
A promessa que jamais cessa de teu amor.
Regressante de brisa,
Alvissareiro de profunda alegria.
Doce meio que tenho de me manter por inteiro.
Obs: Obra de Paul Klee.
Dedico à minha doce Jana.
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