terça-feira, 24 de novembro de 2009

Visões de uma árvore





De todas as formas naturais, a árvore sempre teve um fascínio especial para os seres humanos, pois não só nos oferece frutos como também faz pender seus largos galhos, de modo que suas folhas produzem aprazível sombra. Embora isso seja verdade, Marina segue o caminho de valorizar a espacialidade de uma árvore sem termos o corpo vigoroso da árvore propriamente dita. Sua instalação possui grande porte, com grandes painéis semicirculares e um detalhe fundamental: sobrepostos; o que proporciona um volume plástico que sugere o adensamento peculiar às árvores. Outro fato importante é que cada painel possui certa distância dos outros, de maneira que se pode percorrê-los e assim ser tragado por sua grandiosidade e por sua vegetação exuberante (a árvore é uma figueira-branca). E é interessante notar como o policarbonato transparente possibilita a visão dos outros painéis, provocando, dessa forma, tramas verdejantes, que juntas enriquecem o efeito final do trabalho. Diante disso tudo, Marina mostra que através da instalação, se pode recuperar valores que só encontramos quando a árvore é real.

Obs: Fotos da própria artista.

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