sábado, 30 de março de 2013

Sim, o que há de belo no amor...




Alguns filmes fazem pensar. Outros fazem sentir. Mas há aqueles que fazem pensar e sentir ao mesmo tempo. Há aqueles filmes que, além de longa metragem, são longa aragem ao longo da alma. Há aqueles filmes com começo, meio e fim que não findam. Que se enraízam na memória para lhe garantir a existência, com o intuito de perfumá-la, aqui e ali, conforme se desenrola a vida. Há aqueles filmes em que a ação é mais importante que o pensamento. Há, por outro lado, aqueles filmes em que a ação silenciosa dos olhos emerge, a ação de um singelo gesto emerge, quando tudo o que se queria realmente era um pouco de delicadeza. Há aqueles filmes que vão de uma cena a outra de modo muito veloz. Há, por outro lado, aqueles filmes que deixam a natureza das circunstâncias, em toda a sua bela pausa, ganhar voz.

Há aqueles filmes cujo enredo não possui nem pé, nem cabeça. Há, por outro lado, aqueles filmes cujo enredo possui não apenas pé e cabeça, mas olhos que falam, mas boca que plenamente sugere, mas ouvidos que com pureza escutam, mas mãos que, não sem verdade, tocam. Há aqueles filmes dos quais se espera sempre um final feliz. Há, por outro lado, aqueles filmes dos quais somente se espera a esperança que apenas o amor traz. Há aqueles filmes que logo se cria uma expectativa para assistir. Há, por outro lado, aqueles filmes que logo criam a expectativa de que se assista por um momento mais a si mesmo, mais o que há de mais fundo em si mesmo. Há aqueles filmes feitos para o momento. Há, por outro lado, aqueles filmes feitos para durar. Há aqueles filmes que se precisa dizer algo objetivo para compreendê-lo. Há, por outro lado, aqueles filmes que prefiro de algum modo preservar o mistério, e somente escrever nas estrelas o seu nome: "Amor é tudo o que você precisa". Eis tudo o que posso dizer do filme...



Obs: Imagem encontrada no Google.

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