Melhor
ainda não,
Ainda
não diga nada
Doce
linha de Modigliani,
Não
diga nada ainda sobre a tua verdade,
Não
queira logo de cara
Revelar
teu segredo.
Talvez
Nem
poderia –
Tal
é a misteriosa
Alegria
Que
encerra –
Melodia
única
Que, não
por acaso,
Me comunica
O que jamais
Me comunica
O que jamais
Foi
por acaso:
Milagre
da alma
Que
perdura no quadro
Ao
longo da pele –;
Por
toda vida,
Comungante
de ternura.
Numa
cor carnal
Que
a penumbra
Do
amor
Inventa
ao toque
Do
pincel,
Durante
profundo
Estremecimento.
Com efeito,
Vejo este pintor
De tal modo
Enredado
Pelo
ardor,
Que
na possibilidade
De
uma sensual curva,
Nada
há nem haverá
De
vida turva.
Na
possibilidade
Voraz
Da
carne,
Bem
sei que
Modigliani
Silencia
Qualquer
alarde.
Por sinal,
Anseia
o perfume da cor.
Assim como,
Aspira um cântico
Ao
rubor da musa.
Até que,
De repente,
Empreende no olhar
Que
pinta
Águas
difusas
Cuja
correnteza
Jamais
será sucinta.
Sem
saber
Bem ao certo
Bem ao certo
O
quanto da pintura
É
palpável,
Nem
o quanto
É
impalpável -
Sonho
Que
se apodera
Da
brisa
Com
as unhas:
Derradeira
promessa
De
pálpebras e brasa.
Obs: Obra de Modigliani.
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