terça-feira, 29 de maio de 2012

Doçura noturna





Bem sei que

Te espero

Como quem aguarda

Embevecido

Todo belo luar.


Espero-te, por sinal,

Meu amor,

Como quem anseia 

Da serena ceia

A sobremesa.


Espero-te,

Vida de minha vida,

Como quem delira

Diante do mirante

De meus sonhos.


Ah, te espero,

Minha querida,

Como quem pinta

O que há de luminescências

No jamais efêmero quintal.


Sim, de tal modo

E com tanta gana – te espero

Como quem segreda

Ardor nas palavras -

Subterrânea brasa da grelha.


E cada vez mais te espero

E cada vez mais te amo

Como quem encontra

Em cada pérola

Sentido para a concha.


Enfim, te espero

Sim

Como quem afirma

Jamais haver direção

Sem as estrelas de teu firmamento.


Obs: Obra de German Lorca.

Dedico à minha doce Jana.

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