Bem sei que
Te espero
Como quem aguarda
Embevecido
Todo belo luar.
Espero-te, por sinal,
Meu amor,
Como quem anseia
Da serena ceia
A sobremesa.
Espero-te,
Vida de minha vida,
Como quem delira
Diante do mirante
De meus sonhos.
Ah, te espero,
Minha querida,
Como quem pinta
O que há de
luminescências
No jamais efêmero quintal.
Sim, de tal modo
E com tanta gana – te
espero
Como quem segreda
Ardor nas palavras -
Subterrânea brasa da
grelha.
E cada vez mais te
espero
E cada vez mais te
amo
Como quem encontra
Em cada pérola
Sentido para a concha.
Enfim, te espero
Sim
Como quem afirma
Jamais haver direção
Sem as estrelas de
teu firmamento.
Obs: Obra de German Lorca.
Dedico à minha doce Jana.
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