sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma entrevista voraz



Desculpe a pergunta, mas quantos anos você têm?
Desculpe os maus modos, mas parei de contar por saber exatamente para onde iam.

Pois é... Não é de hoje que te conheço e fico me perguntando “Poxa, um homem tão bonito e inteligente, por que será que não faz um mestrado?”
Para ser mestre? Já me dá tanta dor de cabeça ser quem sou...

Então, para ser até um pouco chata, como você vê o próprio futuro?
Do mundo ao papel, do papel ao mundo.

Está bem, está bem, mas quando te perguntavam o que você queria ser quando crescer, o que você respondeu ou gostaria de ter respondido?
Da mesma altura que minha alma, se Deus me quiser alto. Da mesma altura que meus preconceitos, se Deus me quiser baixo.

E já que você responde tudo com tanta franqueza: a vida de artista dá dinheiro?
E eu te pergunto:
- A vida de empresário dá sossego?

Agora vamos para um assunto mais delicado: você procura um namoro sério?
Procuro um namoro que não seja risível.

Agora, uma provocação: Se você tivesse muito dinheiro, o que você faria?
Faria um grande esforço para que o dinheiro não fizesse muito comigo. Para que depois, ele fizesse algo por mim.

Você não tem jeito de muitos amigos, mas se você tivesse um animal de estimação, qual seria?
Uma águia; sem me preocupar muito de quando em quando ela volta...

Sabendo então um pouco mais sobre você, e vendo que você não tem muitas ilusões, gostaria de saber:
- Quais são os seus sonhos mais imediatos?
Não ter muitos pesadelos. Nem muitos sonhos de faísca breve.

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