quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
A vivacidade de tons frios
É preciso uma longa busca interior para se chegar aonde Walter chegou, pois a aparente simplicidade plástica que possui, exige uma dedicação e concentração, extremas. Seus quadros, sumariamente falando, são de tons frios e o mais interessante é a maneira de trabalhar essas nuances, uma vez que Walter proporciona graus de intensidade muito próximos um dos outros, como se houvesse sutis cintilações na superfície da tela. Além disso, Walter entra com manchas que de forma alguma são acidentais; são, na verdade, controladas e moduladas para alcançar uma vibração das formas, para ir ao encontro da alma da cor, assim como da alma da escuridão. O tempo todo, nós sentimos o pulsar da tela e uma atração irresistível por sua completa afirmação da vida; Walter mostra para nós que não é preciso cores como o amarelo, o azul, o vermelho (cores alegres por natureza) para que haja também, outro modo, mais silencioso e introspectivo de ser alegre.
Obs: Fotos de Zé Marcos Carvalho
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