terça-feira, 19 de maio de 2009

Aquele estranho que mora ao lado


Como muitas pessoas que vivem em cidades, moro em apartamento, e fora um ou outro são todos estranhos que habitam o mesmo lugar. Dois metros separam o meu apartamento do vizinho, agora me pergunte que nome tem, que faz da vida, como se diverte e não saberei responder. Dá pra escutar a voz vez por outra atrás da porta que mais parece parede, pois dificilmente a vi aberta. E não pensem vocês que sou um espião; sou apenas um curioso pelo ser humano, ainda mais por ser tão próximo, e não menos distante...
Agora uma coisa é certa, não se faz mais vizinhos como antigamente, e olha que não sou tão velho assim. Antes em vez de falar meu vizinho, falava-se meu amigo. Hoje, garanto que se meu vizinho mudar nem serei avisado, nem haverá despedida, ainda mais se nem houve apresentação! É de fato muito esquisito morar num prédio, basta pensar no elevador. É o único momento de convívio com os outros moradores e por isso mesmo sentimos certo embaraço no ato da conversa. Também, o que dizer em dois minutos? Que assunto cabe em tão pouco espaço de tempo? Na verdade, é um alívio quando chegamos ao nosso destino... Vivemos então para a nossa família, para os nossos amigos de trabalho, para os amigos de longa data; mal percebemos que o vizinho ao lado, pode ser mais do que o vizinho daquele lado...

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