Rothko tira da simplicidade compositiva a força de seu trabalho. São faixas, ora maiores, ora menores, onde as cores reverberam numa combinação triste como um pôr-do-sol. A idéia não é minha, pois, ao pesquisar imagens dele no Google surgiu, lado a lado, uma pintura de Rothko e o sol de fim de tarde numa praia. Em ambas, as cores aparecem concentradas, num tom de despedida. A noite (no caso de Rothko pressentida) aos poucos avança modificando o céu, à medida que se dissemina por toda parte o êxtase... Rothko escolhe cores, assim como o sol escolhe a sua maneira de morrer no mar. Seus quadros são grandes porque deseja, sem poder cumprir, o ilimitado do horizonte. Dosa cores quentes com cores, que ainda não são frias, de modo pungente; cada cor é plena e adquire destaque em relação às demais. Perguntem-me o quadro abstrato que mais toca no que há de humano da vida, e não hesitarei em dizer que veio das mãos de Rothko.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSutileza, Harmonia e subjetividade encontramos nesta pintura de Rothko.
ResponderExcluirO quadro na vertical traduz a força; a simplicidade das faixas horizontais e cores variadas utilizadas neste quadro(Azul, branco, "vermelho em amarelo") nos remete ao sonho a contemplação, e com esta mistura criativa de cores nota-se um certo tom escuro que transmite o interior(eu) de aspectos diferentes ,por isso, a subjetividade esta presente nesta obra que é a alegria envolvida com a dor.
Sua admiradora...
Muito bom Fábio....
ResponderExcluir