O piano destaca-se dos demais instrumentos por seu tamanho, além do fato de nós irmos até ele, e não ele até nós. Um violino caracteriza-se por se acomodar no pescoço e o violoncelo perto do tórax. Com as duas mãos, a flauta vai direto à boca e, assim, pouco a pouco, percebemos uma mudança de comportamento, de acordo com o instrumento.
Com a harpa vemos que o músico também se inclina na direção do instrumento, mas de suas mãos sempre sai um som que mais parece vir do céu. Quanto ao piano, os anjos não podem tocá-lo, pois é preciso pés firmes, no chão, e uma tempestade de dedos ou, por outro lado, notas que só o resvalar da brisa traz.
Sem dúvida, sei bem o que é gravidade, não através da maçã de Newton, mas sim quando Glenn Gould senta à frente do piano. Seu corpo esguio pesa, e suas mãos caem impetuosas sobre o piano, de um modo voraz; Gould avança ao longo das notas, como se fosse um alpinista, cada vez mais enfeitiçado pela altura. A boca dele não consegue ficar parada e, então, balbucia aquilo que as mãos tocam como se fossem folhas, que giram em torno de si mesmas, por causa do vento. O piano pode não ter quatro pés, assim como não tem quatro bancos, mas nada tal como ele (a não ser que se fale de uma mesa), faz aproximar tão bem as pessoas...
Com a harpa vemos que o músico também se inclina na direção do instrumento, mas de suas mãos sempre sai um som que mais parece vir do céu. Quanto ao piano, os anjos não podem tocá-lo, pois é preciso pés firmes, no chão, e uma tempestade de dedos ou, por outro lado, notas que só o resvalar da brisa traz.
Sem dúvida, sei bem o que é gravidade, não através da maçã de Newton, mas sim quando Glenn Gould senta à frente do piano. Seu corpo esguio pesa, e suas mãos caem impetuosas sobre o piano, de um modo voraz; Gould avança ao longo das notas, como se fosse um alpinista, cada vez mais enfeitiçado pela altura. A boca dele não consegue ficar parada e, então, balbucia aquilo que as mãos tocam como se fossem folhas, que giram em torno de si mesmas, por causa do vento. O piano pode não ter quatro pés, assim como não tem quatro bancos, mas nada tal como ele (a não ser que se fale de uma mesa), faz aproximar tão bem as pessoas...
Fabiooooooooooooooooo, eu adorei seu blog, de verdade, é uma fonte infinita de referências, impressões, todas expostas com muita poesia, muita sensibilidade...Não sabia deste seu lado e fiquei contente em saber!!!
ResponderExcluirSou sua seguidora, e sempre que ver um emai contando as novidades desse espaço só seu, virei correndo ler!
Grande beijo,
Anamariaaa =D
Grande Fábio! Novamente gostei d seu texto. Tenho que aprender muito contigo! Parabéns!
ResponderExcluirOlá Fábio.Já tinha lido os textos do blog mas não havia postado comentários, reli-os agora devido aos que você está fazendo para o issotudoegrupo.Continue, não pare!Você escreve bem e, nota-se, com prazer.Abs,
ResponderExcluirMarcelo Salles