domingo, 5 de julho de 2009

Paris não é Paris sem Doisneau




Quem deseja conhecer Paris e, às vezes, não tem como, não fique triste, pois Robert Doisneau, em suas fotos, mostra toda a magia que há lá. Doisneau não é o primeiro artista que se fascina pelo beijo; antes dele, Rodin teve nas mãos a argila e através dela o moldou para sempre e Klimt, de forma vívida, também o fez na pintura, mas talvez o fotógrafo tenha sido o primeiro a apreender com tanta verdade o beijo na rua.
O beijo, por mais que seja algo natural e que aconteça em qualquer lugar, é como a Lua que, quando surge, derrama sua luz por quem passa. Sem dúvida, o relógio é para os apressados, o que o sino é para os enamorados... Doisneau estava sempre em busca da delicadeza e assim vemos um casal que não resiste ao beijo, enquanto a vida continua; ou uma mulher de quem só se vê as pernas e de salto, no meio-fio... Doisneau não fotografa pessoas e sim o Amor latente nelas, ou antes, se sai melhor quando isto acontece; não fotografa sem se contagiar pelos pequenos detalhes, sem os quais a vida deixa de ser o que é: Enlevo...

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